A invisibilidade das mulheres idosas: a série Grace and Frankie na Netflix
DOI:
https://doi.org/10.4322/2179-1465.0901005Palabras clave:
ficção seriada, comédia, sexualidade, terceira idade.Resumen
Resumo: A partir do tema da invisibilidade da velhice explorada na série Grace and Frankie (Netflix, 2015-2017), esse artigo aborda as relações de gênero, envelhecimento e sexualidade feminina, e discute ainda a inserção e circulação dos produtos ficcionais seriados nas plataformas de streaming. Trata-se de uma exploração ensaística com perspectiva multidisciplinar em que são abordadas as concepções de Anthony Giddens (1993), Steve Neale e Frank Krutnik (2006), Maria Rita Kehl (1998), Mario Carlón (2013) e Guita Grin Debert (2012). Esta série coloca em primeiro plano duas mulheres septuagenárias que tentam se reconstruir em meio à separação de seus respectivos cônjuges após 40 anos de casamento. Com isso, a produção rompe com um tabu do prime time em sinal aberto que é o de falar abertamente da sexualidade da mulher da terceira idade, além de questionar a função do casal heteronormativo na sociedade pós-moderna.
Descargas
Citas
ALVES, Andréa Moraes. “Família, sexualidade e velhice feminina”. In: HEILBORN, Maria Luiza et al. (org.). Sexualidade, família e ethos religioso. Rio de Janeiro: Garamond, 2005. p. 19-38.
BOZON, Michel. Sociologia da sexualidade. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2004.
CARLÓN, Mario. Contrato de fundação, poder e midiatização: notícias do front sobre a invasão do YouTube, ocupação dos bárbaros. MATRIZes, São Paulo, v. 7, n. 1, p. 107-126, jan./jun. 2013.
CARMAGNANIS, Fernanda. “Jovens há mais tempo”. In: GOLDENBERG, Miriam (org.). Velho é lindo! Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016. p. 219-244.
DEBERT, Guita Grin. A reinvenção da velhice. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo: Fapesp, 2012.
DEBERT, Guita Grin. A vida adulta e a velhice no cinema. In: GUSMÃO, N. M. M. (org.). Cinedebate: cinema, velhice e cultura. Campinas, SP: Alínea, 2005, p. 23-44.
GIDDENS, Anthony. A transformação da intimidade: sexualidade, amor e erotismo nas sociedades modernas. São Paulo: UNESP, 1993.
GOLDENBERG, Miriam (Org.). O corpo como capital. Estudos sobre gênero, sexualidade e moda na cultura brasileira. Barueri: Estação das Letras e Cores, 2007. p. 13.
GUERRA, Ana Rita. "Grace and Frankie" obrigou Jane Fonda a ter aulas. Diário de Notícias. Porto (Portugal), 12 maio 2016. Disponível em: http://www.dn.pt/media/interior/grace-and-frankie-obrigou-jane-fonda-a-ter-aulas-5169811.html. Acesso em: 02 jul. 2016.
KEHL, Maria Rita. Os deslocamentos do feminino: a mulher freudiana na passagem para a modernidade. São Paulo: Editora Imago. 1998
LIMA, Cecilia Almeida; MOREIRA, Diego Gouveia e CALAZANS, Janaina Costa. Netflix e a manutenção de gêneros televisivos fora do fluxo. MATRIZes, São Paulo, v. 9, n. 2, p. 237-256, jul./dez. 2015.
MACHADO, Arlindo. Modos de pensar a televisão. Revista Cult, São Paulo, n. 115, 2010. Disponível em: https://revistacult.uol.com.br/home/modos-de-pensar-a-televisao/. Acesso em: 02 jul. 2016.
MARTÍN-BARBERO, Jesús. Ofício de Cartógrafo: Travessias latino-americanas da comunicação na cultura. São Paulo: Edições Loyola, 2004.
NEALE, Steve. Genre and Hollywood. New York: Routledge, 2000.
NEALE, Steve, KRUTNIK, Frank. Popular Film and Television Comedy. New York: Routledge, 2006.
SIBILIA, Paula. O corpo velho como uma imagem com falhas. Revista Comunicação, Mídia e Consumo. São Paulo, v. 9, n. 2, p. 83-114, nov. 2012.
STANLEY, Alessandra. In Grace and Frankie on Netflix, Comedy enters a New Age. Review, Television, The New York Times, New York, may 7 2015. Disponível em: http://www.nytimes.com/2015/05/08/arts/television/review-in-grace-and-frankie-on-netflix-new-wrinkles-in-comedy.html?_r=0. Acesso em: 02 jul. 2016.
UOL, Da redação. “Temos de constranger os estúdios por sexismo”, diz Jane Fonda em Sundance. Disponível em: http://cinema.uol.com.br/noticias/redacao/2015/01/27/temos-que-constranger-os-estudios-por-sexismo-diz-jane-fonda-em-sundance.htm. Acesso em 05 jul. 2016.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Los autores que publican en esta revista aceptan los siguientes términos:
a. Los autores conservan los derechos de autor y otorgan a la revista el derecho de primera publicación, con el trabajo licenciado simultáneamente bajo una licencia de atribución Creative Commons que permite compartir el trabajo con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
b. Los autores están autorizados a asumir contratos adicionales por separado, para distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (por ejemplo, para publicar en un repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista. .