CANCELACIÓN DE SERIES AUDIOVISUALES Y COMO POSIBILIDADES DE INSTRUMENTALIZACIÓN DE NOSTALGIA
UN ESTUDIO DE CASO SOBRE NETFLIX
DOI:
https://doi.org/10.14244/2179-1465.RG.2024v15i2p57-93Palabras clave:
Cancelación de series audiovisuales, Nostalgia, NetflixResumen
Este artículo investiga cómo la cancelación de obras audiovisuales seriadas puede entenderse como parte de las estrategias empleadas por la gigante del streaming estadounidense, Netflix, para recuperar su audiencia apelando a la memoria afectiva de las comunidades de espectadores. Se parte de la premisa de que Netflix está creando su propio pasado, estimulando y comprometiendo afectivamente a distintas audiencias, teniendo en cuenta el impacto de las prácticas de instrumentalización de la nostalgia vinculadas a sus intereses comerciales. Basado en datos empíricos y en una articulación con el marco teórico que refuerza la importancia de las prácticas de instrumentalización de la nostalgia, el estudio defiende que la práctica de la cancelación estimula la interacción del público y moviliza su participación a partir de la dimensión de la memoria afectiva.
Descargas
Citas
ADAMS et al. The Cancellation and Manipulation of Network Television Prime-Time Programs. Journal of Communication, v. 33, n.1, p. 10–28, 1 mar. 1983.
ALBUQUERQUE, A.; MEIMARIDIS, M. Dissecando fórmulas narrativas: drama profissional e melodrama nas séries médicas. Fronteiras - estudos midiáticos, v. 18, n. 2, 29 mar. 2016.
BECATTINI, E. When We Were Young. Netflix and the Teen Audience. Comunicacion Y Sociedad, v. 40, n. 2, p. 207–217, 2018. Disponível em: https://www.torrossa.com/en/resources/an/4446642. Acesso em: 11 fev. 2024.
BOYM, S. Mal-estar na nostalgia. História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography, Ouro Preto, v. 10, n. 23, 2017.
BRESSAN JÚNIOR, M.A. Memória Teleafetiva. Florianópolis: Insular, 2019.
CARLÓN, Mario. Repensando os debates anglo-saxões e latino-americanos sobre o “fim da televisão”. In: CARLÓN, Mario; FECHINE, Yvana (Org.). O fim da televisão. Rio de Janeiro: Confraria do Vento, 2014. Cap. 2. p. 11-33.
CASTELLANO, M.; MEIMARIDIS, M. Produção televisiva e instrumentalização da nostalgia: o caso Netflix. Revista GEMInIS, São Carlos, v. 8, n. 1, p. 60–86, 2017.
CASTELLANO, M; MEIMARIDIS, M. Netflix, discursos de distinção e os novos modelos de produção televisiva. Contemporanea, Salvador, v. 14, n. 2, p. 193–209, 2016. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/contemporaneaposcom/article/view/16398. Acesso em: 11 fev. 2024.
CASTELLANO, M; MEIMARIDIS, M. Weaponizing Nostalgia: Netflix, Revivals, and Brazilian Fans of Gilmore Girls. In: Kathryn Pallister. (Org.). Netflix Nostalgia Streaming the Past on Demand. 1ed. Lanham: Lexington Books, 2019, v. 1, p. 169-184.
CASTLEMAN, H; PODRAZIK, W. J. Watching TV: six decades of American Television. 2 Ed., Syracuse: Syracuse University Press, 2010.
CBC. Kindred spirits make online appeal to #SaveAnneWithAnE. 2019. Disponível em: https://www.cbc.ca/news/entertainment/fans-anne-with-an-e-1.5373484. Acesso em: 04 dez. 2022.
Centauro, 2013.
CNN BRASIL. Netflix perde quase um milhão de assinantes no 2º tri, mas resultados agradam mercado. 2022. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/business/netflix-perde-quase-um-milhao-de-assinantes-no-2o-tri-mas-resultados-agradam-mercado/. Acesso em: 05 nov. 2022.
DIGITAL SPY. The Gilmore Girls revival is a hit for Netflix - and bigger than Luke Cage or Daredevil. 2016. Disponível em: https://www.digitalspy.com/tv/ustv/a815989/gilmore-girls-revival-Netflix-hit-bigger-than-luke-cage-daredevil/. Acesso em: 04 dez. 2022.
FORBES. Disney+’s ‘WandaVision’ Cast Into Top Viewing Spot Worldwide. 2021. Disponível em: https://www.forbes.com/sites/carlymayberry/2021/02/11/disneys-wandavision-cast-into-top-viewing-spot-worldwide. Acesso em: 04 dez. 2021.
GOULART RIBEIRO, A. P. Mercado da nostalgia e narrativas audiovisuais. E-Compós, [S. l.], v. 21, n. 3, 2018.
GRECO, C. Virou cult! Telenovela, nostalgia e fãs. 1. ed. Alumínio, SP: Jogo de Palavras: Votorantim: Provocare, 2019. v. 1. 286 p.
GROSSBERG, L. Is There a Fan in the House? The Affective Sensibility of Fandom. Lewis, Lisa (Org). The adoring audience: fan culture and popular media. Routledge, UK, p.50-68, 1992.
HALBWACHS, M. A memória coletiva. Tradução de Beatriz Sidou. 2. ed. São Paulo:
HOLDSWORTH, A. Television, memory and nostalgia. Basingstoke: Palgrave Macmilan, 2011.
HUYSSEN, A. Seduzidos pela memória: arquitetura, monumentos, mídia. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2000.
JENKINS et. al. Cultura da Conexão: Criando valor e significado por meio de mídia propagável. Rio de Janeiro: Aleph, 2014.
JENKINS, H. Cultura da convergência. Rio de Janeiro: Aleph, 2009.
JENKINS, H. Invasores do texto: fãs e cultura participativa. Rio de Janeiro: Marsupial, 2015.
JOST. F. Compreender a televisão. Porto Alegre: Editora Sulina, 2010.
KHANDELWAL, K et al. A study to know – use of AI for personalized recommendation, streaming optimization, and original content production at Netflix. Int. J. Sci. Res. Eng. Trends, v.9, p.1738-1743.
KHOO, O. Picturing Diversity: Netflix’s Inclusion Strategy and the Netflix Recommender Algorithm (NRA). Television & New Media, v. 24, n. 3, 2023. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/15274764221102864. Acesso em: 12 jan. 2024.
LE BRETON, D. As paixões ordinárias: antropologia das emoções. Petrópolis: Vozes, 2009.
LEAL, B. S.; BORGES, F.; LAGE, I. Experiências de nostalgia: de Stranger Things a Vozes de Tchernóbil, diferentes construções nostalgizantes. In: CRUZ, L. S.; FERRAZ, T. Nostalgias e mídia: no caleidoscópio do tempo. Rio de Janeiro: E-papers, 2018, p. 47-66.
LIPOVESTSKY, G; SERROY, J. A Tela Global: MÍDIAS CULTURAIS E CINEMA NA ERA HIPERMODENA. Porto Alegre: Sulina, 2009.
LOBATO, R. Netflix Nations: The Geography of Digital Distribution. New York: New York University Press, 2019.
LOOCK, K. American TV Series Revivals: Introduction. Television & New Media, v. 19, n. 4, p. 1-11, 2017. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/1527476417742971. Acesso em: 11 fev. 2024.
LOTZ, A.D. Media Disrupted: Surviving Pirates, Cannibals, and Streaming Wars. Cambridge: MIT Press, 2022.
LOTZ, A. D. The television will be revolutionized. New York: New York University Press, 2007.
LOTZ, A. Portals: A treatise on internet-distributed television. Michigan Publishing, University of Michigan Library, 2017.
MAGDER, T. The End of TV 101: Reality Programs, Formats, and the New Business of Television, In: MURRY, S.; OUELLETTE, L. (eds) Reality TV: remaking television culture. New York: New York University Press, 2004.
MASSAROLO, J.; MESQUITA, D. Autoprogramação e engajamento nas plataformas de vídeo sob demanda: uma análise da Netflix. In: CASTELLANO, M.; HOLZBACH, A. (org.). TeleVisões: Reflexões para além da TV. Rio de Janeiro: E-papers, 2018.
MEIMARIDIS, M. A Indústria das Séries Televisivas Americanas. Culturas Midiáticas, João Pessoa, v. 10, n. 1, 2017. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/cm/article/view/35037. Acesso em: 11 fev. 2024.
MEIMARIDIS, M. Séries de Conforto: A Ficcionalização de Instituições na TV. Curitiba: Editora Appris, 2023.
MITTELL, J. Complex TV: The Poetics of Contemporary Television Storytelling. New York: NYU Press, 2015.
MITTELL, J. Narrative Complexity in Contemporary American Television. The Velvet Light Trap, v. 58, n. 1, p. 29–40, 2006. Disponível em: https://muse.jhu.edu/article/204769. Acesso em: 25 set. 2024.
MOE et al. Rearticulating Audience Engagement: Social Media and Television. Television & New Media, v.1, n. 2, p. 99-107, 2016. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/1527476415616194. Acesso em: 25 set. 2024.
POLLAK, M. Memória e Identidade Social. Estudos Históricos. Rio de Janeiro, v.5, n. 10, p. 200-212, 1992.
REYNOLDS, S. Retromania: Pop Culture's Addiction to Its Own Past. London: Faber&Faber, 2011.
RIBEIRO, G. F; SIGILIANO, D; BORGES, G. Qualidade na ficção seriada: Análise das estratégias de transmidiação da Netflix no Brasil. Principia, v. 22, 2022. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/principia/article/view/37909. Acesso em: 12 fev. 2024.
SANTOS NETO, V.; BRESSAN JÚNIOR, M. A. As Reconfigurações na Televisão Brasileira e as Novas Dinâmicas Comunicacionais: Um Estudo Sobre a Plataforma de Streaming Globoplay. Vista, Braga, n. 11, p. e023004, 2023. DOI: 10.21814/vista.4438. Disponível em: https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/4438. Acesso em: 14 fev. 2024.
SANTOS NETO; V. S. S; LESSA, L. A; BRESSAN JÚNIOR, M. A. Pensar a memória e a função do arquivo televisivo na era do streaming: um olhar para a plataforma Globoplay. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 36, n. 78, p. 182–200, 2023. Disponível em: https://www.scielo.br/j/eh/a/WFvpkbx6LjxtnxQDpv9F5MQ. Acesso em: 12 fev. 2024.
SCOLARI, C.A. La estética posthipertextual. In: Dolores Romero López, Amelia del Rosario Sanz Cabrerizo, David Felipe Arranz (org.). Las literaturas del texto al hipermedia (pp. 318-331). Barcelona: Anthropos, 2008.
SIGILIANO, D.; BORGES, G. Competência midiática e cultura de fãs: análise do Twittertainment na social TV brasileira. RuMoRes, São Paulo, v. 13, n. 26, p. 254–273, 2019. DOI: 10.11606/issn.1982–677X.rum.2019.147789. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/Rumores/article/view/147789. Acesso em: 20 ago. 2021.
THOMPSON, K. Storytelling in Film and Television. Cambridge: Havard University Press, 2003.
TRYON, C. TV Got Better: Netflix’s Original Programming Strategies and the On-Demand Television Transition. Media industries, v. 2, n. 2, 2015. Disponível em: https://quod.lib.umich.edu/m/mij/15031809.0002.206/--tv-got-better-netflixs-original-programming-strategies. Acesso em: 11 fev. 2024.
VOLTURE. Inside the Binge Factory. 2018. Disponível em: https://www.vulture.com/2018/06/how-netflix-swallowed-tv-industry.html. Acesso em: 30 nov. 2022.
WIRED. Why Netflix keeps cancelling your favourite shows after two seasons. 2020. Disponível em: https://www.wired.co.uk/article/netflix-originals-cancelled-oa-altered-carbon-sense8. Acesso em: 31 nov. 2022.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Valdemir Soares dos Santos Neto

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-CompartirIgual 4.0.
Los autores que publican en esta revista aceptan los siguientes términos:
a. Los autores conservan los derechos de autor y otorgan a la revista el derecho de primera publicación, con el trabajo licenciado simultáneamente bajo una licencia de atribución Creative Commons que permite compartir el trabajo con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
b. Los autores están autorizados a asumir contratos adicionales por separado, para distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (por ejemplo, para publicar en un repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista. .