CRONOTOPO DA RECEPÇÃO
UMA CATEGORIA ANALÍTICA PARA O ESTUDO DE RECEPÇÃO DA SÉRIE GAME OF THRONES
DOI:
https://doi.org/10.53450/2179-1465.RG.2022v13i1p203-224Palavras-chave:
Cronotopo da recepção, Ficção televisiva, Sociologia disposicionalista e contextualistaResumo
O artigo explora o uso do conceito de cronotopo em pesquisas de recepção. Para isso, é apresentada a proposição de cronotopo da recepção a partir de Mikhail Bakhtin articulada à teoria do ator disposicional e contextual de Bernard Lahire na análise de uma entrevista em profundidade semiestruturada sobre a recepção da série Game of Thrones. Os resultados assinalam ao cronotopo da recepção como uma categoria analítica que favorece a sistematização do estudo das mediações que agem no processo de recepção a partir de uma lógica espaço-temporal. Estas reflexões são um recorte das pesquisas desenvolvidas pela autora para a tese de doutorado.
Downloads
Referências
BAKHTIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2018b.
_________________. Teoria do Romance II: as formas do tempo e do cronotopo. São Paulo: Editora 34, 2018a.
BERNIERI, Jamine; HIRDES, Alice. O preparo dos acadêmicos de enfermagem brasileiros para vivenciarem o processo morte-morrer. Texto & Contexto - Enfermagem. v.16 n.1. Florianópolis. jan./mar. 2007. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104-07072007000100011. Acesso em: 30 abr. 2021.
CAILLOIS, Roger. Os jogos e os homens: a máscara e a vertigem. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2017.
COELHO, Tatiana. Brasileiro não gosta de falar sobre morte e não se prepara para o momento, revela pesquisa. G1. set. 2018. Disponível em: https://g1.globo.com/bemestar/noticia/2018/09/26/brasileiro-nao-gosta-de-falar-sobre-morte-e-nao-se-prepara-para-o-momento-revela-pesquisa.ghtml. Acesso em: 30 abr. 2021.
DANZIGER, Marlies K. e JOHNSON, W. Stacy. 1974. Introdução ao estudo crítico da literatura. Trad. Álvaro Cabral. São Paulo: Cultrix.
DURKIN, Keith F. Death, dying, and the dead in popular culture. In.: CLIFTON D. Bryant. Handbook of Death and Dying. vol. 2, set. Thousand Oaks: Sage Publications, 2003.
FÍGARO, ROSELI; Grohmann, Rafael. A recepção serve para pensar: um "lugar" de embates. Palabra Clave, v. 20, p. 142-161, 2017.
ISER, Wolfgang. The Act of Reading: A Theory of Aesthetic Response. Baltimore: John Hopkins University Press, 1978.
JAUSS, Hans Robert. Toward an Aesthetic of Reception. Minneapolis: University of Minnesota Press, 1982.
KOVÁCS, Maria Julia. Desenvolvimento da Tanatologia: estudos sobre a morte e o morrer. Paidéia, 18(41), p. 457-468, 2008.
KOVÁCS, Maria Julia. Educação para morte. Psicologia Ciência e Profissão, v. 25, p. 484-497, 2005. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1414-98932005000300012
LAHIRE, Bernard. Indivíduo e misturas de géneros: dissonâncias culturais e distinção de si. Sociologia, Problemas e Práticas, n. 56, 2008
LAHIRE, Bernard. Retratos sociológicos: disposições e variações individuais. Porto Alegre: Artmed, 2004.
LOPES, M. I. V. Mediação e recepção: Algumas conexões teóricas e metodológicas nos estudos latino-americanos de comunicação. MATRIZes, vol. 8, n. 1, p. 65-80, 2014.
LUKÁCS, Georg. Narrar ou Descrever? In. Ensaios sobre Literatura. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1965. p.43-94.
MARTIN-BARBERO, Jesús. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2009.
MITTEL, Jason. Complexidade narrativa na televisão americana contemporânea. Revista Matrizes. Ano 5 – nº 2 jan./jun. 2012 - São Paulo - Brasil. (p. 29-52). Disponível em: http://www.matrizes.usp.br/index.php/matrizes/article/view/337/pdf. Acesso em: 12 mar. 2019.
MITTEL, Jason. Forensic Fandom And The Drillable Text [s.l.]: Spreadable Media, 2009.
MOTTER, Maria Lourdes. Mecanismos de renovação do gênero telenovela: emprestimos e doações. In. LOPES, M. I. V. (Org.). Telenovela: internacionalização e Interculturalidade. São Paulo: Edições Loyola, 2004.
MUNGIOLI, M. C. P.; LEMOS, L.M.P; KARHAWI, I. Narrativa fantástica e identidade brasileira na minissérie A cura. Rumores (USP), v. 7, p. 218-238, 2013. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/Rumores/article/view/69440/72020. Acesso em: 30 abr 2021.
PAULO KLIMATIS: depoimento [jan. 2020]. Entrevistador: Lizbeth Carolina Kanyat Ojeda de Novaes. São Paulo: Shopping Buriti, 2020. Áudio digital. Entrevista concedida para a tese de doutorado da entrevistadora.
PIRES, Álvaro P. Amostragem e pesquisa qualitativa: ensaio teórico e metodológico. In: POUPART, Jean et al. A pesquisa qualitativa: Enfoques epistemológicos e metodológicos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.
SANDVOSS, Cornel. Reception. In. The Handbook of Media Audiences. Nightingale, Virginia. Oxford: Wiley-Blackwell, 2011. p. 230-250.
SANTOS, Adilson dos. A tragédia grega: um estudo teórico. Investigações (UFPE), v. 18, p. 41-67, 2005.
TRINDADE, E.; BARBOSA. I.S. 2007. Os tempos da enunciação e dos enunciados publicitários e a questão do cronotopo publicitário. Revista Comunicação Mídia e Consumo, 4(10), p. 125-140.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Lizbeth Kanyat
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.