AUTORIA E ESTILO NA HETERODOXIA DO ROTEIRO

O CASO DE BLACK MIRROR

Autores

DOI:

https://doi.org/10.53450/2179-1465.RG.2021v12i1p64-84

Palavras-chave:

Black Mirror, The Entire Históry of You, Autoria e estilo, Estudos de roteiro

Resumo

O presente artigo se propõe a compreender a utilização da heterodoxia da escrita do roteiro, na construção do dispositivo narrativo do episódio The Entire History of You, da série Black Mirror. A partir da perspectiva de Picado e Souza (2018), analisamos como a dimensão da dramaturgia constrói um campo próprio, dentro dos estudos de autoria e estilo. Observamos que a heterodoxia da escrita do roteiro pode propor: 1) soluções estilísticas para a subjetivação dos personagens em cena; 2) que a autoria do Showrunner se imiscui ao desenvolvimento do roteiro em processos colaborativos, impactando nos elementos sensíveis da linguagem audiovisual.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marcel Vieira Barreto Silva, Universidade Federal da Paraíba

Doutor em Comunicação pela UFF. Professor Adjunto do Departamento de Comunicação e do Programa de Pós-graduação em Comunicação da UFPB.

Rodrigo Lins Aragão Quirino, Universidade Federal da Paraíba

Mestre em Comunicação pela UFPB. Professor do Centro Estadual de Arte (CEARTE).

Referências

THE ENTIRE HISTORY OF YOU. BLACK MIRROR. Showrunner: Charlie Brooker. Roteiro: Jesse Armstrong. Direção: Brian Welsh. Temporada 01, episódio 03. Inglaterra. Netflix, 2011, 44 minutos. Digital FullHD. Color.
AGAMBEN, Giorgio. O que é um dispositivo?. Outra travessia, Florianópolis, n. 5, p. 9-16, jan. 2005. ISSN 2176-8552.
BAKER, Dallas J. The screenplay as text: academy scriptwriting as creative research. New Writing, 13, 1, p. 71-84, 2016.
BATTY, Graig; KERRIGAN, Susan. Re-conceptualising screenwriting for the academy: the social, cultural and creative practice of developing a screenplay. New Writing, 13, 1, p. 130-144, 2016.
BUTLER, Jeremy. Television Style. Nova York: Routledge, 2010.
DAVIES, Rosamund. The screenplay as boundary object. Journal of Screenwriting. 10, 2, 9, p. 149-164, 2019.
ECO, Umberto. Lector in Fábula. Barcelona: Editorial Lumen, S.A., 1993
FRYE, Northrop. Anatomia da crítica. São Paulo: Cultrix, 1973.
GWENLLIAN-JONES, Sara, PEARSON, Roberta. Cult Television. Minneapolis: University of Minnesota Press, 2004.
LAVERY, David. The Essential Cult TV Reader. Kentucky: The University of Kentucky Press, 2010.
LUKÁCS, György. Arte e sociedade: escritos estéticos 1932-1967. Organização e tradução de Carlos Nelson Coutinho e José Paulo Netto. 2 ed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2011.
MACDONALD, Ian W. Screenwriting poetics and the screen ideia. Londres: Palgrave Macmillan, 2013.
MARAS, S. Screenwriting: History, Theory and Practice. Brighton: Wallflower, Press, 2009.
McCABLE, Janet. AKASS, Kim. Quality TV: contemporary American television and beyond. London, UK: I. B. Tauris, 2007.
MCLUHAN, M; FIORI, Q. Os meios são as massagens. São Paulo: Record, 1969
MITTELL, Jason. Complexidade Narrativa na Televisão Americana Contemporânea. Matrizes, v. 5, n. 2, p. 29-52, 2012. Disponível em: . Acesso em: 30 mar. 2020
JACOBS, Jason; PEACOCK, Steven. Television Aesthetics and Style. Nova York: Bloomsbury, 2013.
PICADO, Benjamin; SOUZA, Maria C. J. Dimensões da autoria e do estilo na ficção seriada televisiva. Matrizes, v. 12, n. 2, p.53-77,2018. Disponível em: . Acesso em: 30 mar. 2020.
PRICE, Steve: A history of the screenplay. Palgrave Macmillan, London, 2013
ROCHA, Simone Maria. O estilo televisivo e sua pertinência para a TV como prática cultural. Famecos, v. 21, n. 3, p. 1082-1099, 2014. Disponível em: < https://bit. ly/2UtlLeX>. Acesso em: 20 mar. 2020.
SIBILIA, Paula. O Homem Pós-orgânico. Rio de Janeiro, Relume-Dumará, 2002.
SILVA, Marcel Vieira Barreto. Cultura das séries: forma, contexto e consumo de ficção seriada na contemporaneidade. Galáxia, v. 14, n. 27, 2014, p. 241-252.
________________________. Dramaturgia seriada contemporânea: aspectos da escrita para a tevê. Lumina, v. 08, n. 01, 2014, p. 01-14.
________________________. O roteiro seriado: a estilística intermidiática no piloto de Mad Men. Televisão: entre a Metodologia Analítica e o Contexto Cultural. São Paulo: Editora a lápis, 2016.
SILVA, M. V. B.; ARAGÃO QUIRINO, R. A estilística do roteiro das séries contemporâneas: análise do episódio Chicanery, de Better Call Saul. Lumina, v. 14, n. 1, p. 139-155, 30 abr. 2020.

Downloads

Publicado

2021-07-01

Como Citar

VIEIRA BARRETO SILVA, M.; LINS ARAGÃO QUIRINO, R. AUTORIA E ESTILO NA HETERODOXIA DO ROTEIRO: O CASO DE BLACK MIRROR. Revista GEMInIS, [S. l.], v. 12, n. 1, p. 64–84, 2021. DOI: 10.53450/2179-1465.RG.2021v12i1p64-84. Disponível em: https://revistageminis.ufscar.br/index.php/geminis/article/view/622. Acesso em: 31 out. 2024.

Edição

Seção

Dossiê - Desafios, tendências e pesquisas. Roteiros Audiovisuais